Câmara de Lisboa mantém as suas próprias telas gigantes
A Câmara Municipal de Lisboa anunciou regras para a publicidade na cidade, nomeadamente as telas gigantes, num despacho de Julho. A 8 de Outubro, o "Correio da Manhã" dava conta da remoção de três telas gigantes instaladas na Avenida da Liberdade, Avenida 24 de Julho e Avenida Casal Ribeiro, anunciadas como a "primeira acção de força" da autarquia.
Já por mais de uma vez, o vereador para o Ambiente, Espaço Público e Espaços Verdes, António Prôa, anunciou a intenção de limpar a cidade destas lonas que habitualmente ocupam fachadas de prédios devolutos ou em obras, mas também - nalguns casos excepcionais - de edifícios de escritórios ou residenciais. No levantamento então efectuado pela autarquia, foram registadas 52 telas nas ruas de Lisboa, tendo 16 delas recebido ordem de retirada imediata. "Na maioria dos casos passou o prazo do licenciamento, mas há algumas situações em que as telas não foram licenciadas", admitia então o vereador. A intenção, garante Prôa, é "devolver algum equilíbrio à cidade do ponto de vista urbano, pois as telas têm um forte impacto em termos visuais, o que provoca ruído".
Só que em casa de ferreiro espeto de pau: é a própria autarquia que provoca ruído em muitos locais da cidade. Na Avenida Fontes Pereira de Melo, junto à sede do Metropolitano de Lisboa, uma enorme tela ocupa a fachada de um prédio devoluto, da Rua Viriato à avenida, para anunciar a recuperação urbanística desta gestão camarária (o painel foi afixado a tempo das eleições autárquicas, no Verão de 2005). As obras no prédio estão paradas, a tela continua.
Segundo o despacho aprovado, a instalação deste tipo de suportes fica limitado a várias áreas da cidade, para promoções institucionais ou cobertura de prédio (mostrando em desenho como ele é). As zonas históricas, as praças emblemáticas, os bairros típicos de Lisboa e os monumentos nacionais estarão protegidos contra a instalação de publicidade. Alfama, Castelo, Bairro Alto, Bica, Mouraria, Chiado e Madragoa serão zonas livres de "ruído visual". Nas praças, como o Marquês de Pombal, Restauradores, Rossio, Camões, Praça do Império, Martim Moniz e Saldanha serão permitidas telas de "promoção institucional ou nos edifícios com operações urbanísticas, desde que a tela reproduza os elementos arquitectónicos do edifício", segundo a garantia de António Prôa.
Basta uma ronda por Alfama, para ver como de boas intenções está a autarquia cheia. Mais uma vez, muitas telas de promoção de obras camarárias (muitas delas paradas) enxameiam a vista, como se pode constatar pela foto publicada (junto à Igreja de São Miguel). Com o novo despacho "é feita uma remoção coerciva da tela, imputando os custos da operação às empresas responsáveis", explicava António Prôa, quando da sua primeira acção de força. A Câmara pode preparar-se para pagar.
Já por mais de uma vez, o vereador para o Ambiente, Espaço Público e Espaços Verdes, António Prôa, anunciou a intenção de limpar a cidade destas lonas que habitualmente ocupam fachadas de prédios devolutos ou em obras, mas também - nalguns casos excepcionais - de edifícios de escritórios ou residenciais. No levantamento então efectuado pela autarquia, foram registadas 52 telas nas ruas de Lisboa, tendo 16 delas recebido ordem de retirada imediata. "Na maioria dos casos passou o prazo do licenciamento, mas há algumas situações em que as telas não foram licenciadas", admitia então o vereador. A intenção, garante Prôa, é "devolver algum equilíbrio à cidade do ponto de vista urbano, pois as telas têm um forte impacto em termos visuais, o que provoca ruído".
Só que em casa de ferreiro espeto de pau: é a própria autarquia que provoca ruído em muitos locais da cidade. Na Avenida Fontes Pereira de Melo, junto à sede do Metropolitano de Lisboa, uma enorme tela ocupa a fachada de um prédio devoluto, da Rua Viriato à avenida, para anunciar a recuperação urbanística desta gestão camarária (o painel foi afixado a tempo das eleições autárquicas, no Verão de 2005). As obras no prédio estão paradas, a tela continua.
Segundo o despacho aprovado, a instalação deste tipo de suportes fica limitado a várias áreas da cidade, para promoções institucionais ou cobertura de prédio (mostrando em desenho como ele é). As zonas históricas, as praças emblemáticas, os bairros típicos de Lisboa e os monumentos nacionais estarão protegidos contra a instalação de publicidade. Alfama, Castelo, Bairro Alto, Bica, Mouraria, Chiado e Madragoa serão zonas livres de "ruído visual". Nas praças, como o Marquês de Pombal, Restauradores, Rossio, Camões, Praça do Império, Martim Moniz e Saldanha serão permitidas telas de "promoção institucional ou nos edifícios com operações urbanísticas, desde que a tela reproduza os elementos arquitectónicos do edifício", segundo a garantia de António Prôa.
Basta uma ronda por Alfama, para ver como de boas intenções está a autarquia cheia. Mais uma vez, muitas telas de promoção de obras camarárias (muitas delas paradas) enxameiam a vista, como se pode constatar pela foto publicada (junto à Igreja de São Miguel). Com o novo despacho "é feita uma remoção coerciva da tela, imputando os custos da operação às empresas responsáveis", explicava António Prôa, quando da sua primeira acção de força. A Câmara pode preparar-se para pagar.
1 comment:
as coisas funcionam sempre muito mal, pessoalmente acho que as telas devem seguira parametros, tal como seguem todos os outdoors existentes na cidade.
ja dizia o ditado, mais vale uma tela que 2 andaimes, ainda por cima andaimes portugueses, feitos de arame e madeiras velhas...
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