Pais ameaçados por administração de creches
Os pais das crianças das creches e jardins de infância da Fundação D. Pedro IV que têm criticado a administração e pedido a sua destituição foram ameaçados por manifestarem vontade de constituir uma associação de pais.
O processo que envolve a Fundação tem sido, no mínimo, rocambolesco. Depois de estar envolvida numa transferência de prédios nos bairros de Lóios e das Amendoeiras [ver notícia relacionada], agora é a gestão das sete «Casas de Infância» a criar polémica.
De acordo com um «relatório-síntese» de um grupo de pais - publicado num blogue entretanto criado, onde fazem um «apelo urgente para a denúncia da situação que se vive na Fundação D. Pedro IV» -, os pais das cerca de 850 crianças foram surpreendidos, após o início deste ano lectivo de 2006/07, «com decisões e medidas» anunciadas pelo Conselho de Administração da instituição particular de solidariedade social. Entre as decisões e medidas anunciadas, segundo a denúncia dos pais, estavam a «redução do pessoal de acção educativa; ameaças de mais despedimentos de pessoal de acção educativa; [e o] anúncio, por circular entregue à porta, de uma decisão da Administração informando que a Fundação encerraria [as portas] durante o mês de Agosto de 20007, sem que em qualquer momento anterior isso constasse do Regulamento e ao contrário do sucedido em anos anteriores».
«Alarmados», este grupo decidiu avançar com reuniões de pais, onde se decidiu «mandatar [um] grupo de representantes para dar início a um processo de constituição de Assembleia de Pais, seguido de Associação de Pais e Encarregados de Educação das Casa de Infância da Fundação D. Pedro IV». Destas e de outras decisões deram conta, no relato dos próprios, ao presidente do Conselho de Administração, Vasco do Canto Moniz, em reunião tida a 24 de Janeiro. «Foi ainda igualmente solicitado pelos representantes dos pais autorização para o uso do nome da Fundação na Associação a constituir, da morada da Fundação com morada sede da futura Associação, das instalações para reuniões», relatam no referido relatório divulgado na internet, que Canto Moniz terá autorizado. A reunião para formalizar a criação da associação teve lugar a 14 de Fevereiro.
É esta decisão que agora a Fundação vem contestar, com ameaças. Em carta datada desta segunda-feira, 5 de Março, assinada por uma responsável do Departamento de Gestão [clicar na imagem para aumentar], disponibilizada no blogue dos pais, este grupo é instado a divulgar as «deliberações tomadas» em nova assembleia, por alegadamente serem «contrárias à orientação da Fundação». A ameaça, sem ser especificada, está no final da curta mensagem: se se confirmarem as tais deliberações, que incluem a constituição da associação, «levarão o Conselho de Administração a ter de extrair as naturais consequências».
Notícia relacionada: Manifestação inédita lembra que habitação é um direito
[O LxRepórter tem em preparação um conjunto de notícias sobre este caso.]
O processo que envolve a Fundação tem sido, no mínimo, rocambolesco. Depois de estar envolvida numa transferência de prédios nos bairros de Lóios e das Amendoeiras [ver notícia relacionada], agora é a gestão das sete «Casas de Infância» a criar polémica.
De acordo com um «relatório-síntese» de um grupo de pais - publicado num blogue entretanto criado, onde fazem um «apelo urgente para a denúncia da situação que se vive na Fundação D. Pedro IV» -, os pais das cerca de 850 crianças foram surpreendidos, após o início deste ano lectivo de 2006/07, «com decisões e medidas» anunciadas pelo Conselho de Administração da instituição particular de solidariedade social. Entre as decisões e medidas anunciadas, segundo a denúncia dos pais, estavam a «redução do pessoal de acção educativa; ameaças de mais despedimentos de pessoal de acção educativa; [e o] anúncio, por circular entregue à porta, de uma decisão da Administração informando que a Fundação encerraria [as portas] durante o mês de Agosto de 20007, sem que em qualquer momento anterior isso constasse do Regulamento e ao contrário do sucedido em anos anteriores».
«Alarmados», este grupo decidiu avançar com reuniões de pais, onde se decidiu «mandatar [um] grupo de representantes para dar início a um processo de constituição de Assembleia de Pais, seguido de Associação de Pais e Encarregados de Educação das Casa de Infância da Fundação D. Pedro IV». Destas e de outras decisões deram conta, no relato dos próprios, ao presidente do Conselho de Administração, Vasco do Canto Moniz, em reunião tida a 24 de Janeiro. «Foi ainda igualmente solicitado pelos representantes dos pais autorização para o uso do nome da Fundação na Associação a constituir, da morada da Fundação com morada sede da futura Associação, das instalações para reuniões», relatam no referido relatório divulgado na internet, que Canto Moniz terá autorizado. A reunião para formalizar a criação da associação teve lugar a 14 de Fevereiro.
É esta decisão que agora a Fundação vem contestar, com ameaças. Em carta datada desta segunda-feira, 5 de Março, assinada por uma responsável do Departamento de Gestão [clicar na imagem para aumentar], disponibilizada no blogue dos pais, este grupo é instado a divulgar as «deliberações tomadas» em nova assembleia, por alegadamente serem «contrárias à orientação da Fundação». A ameaça, sem ser especificada, está no final da curta mensagem: se se confirmarem as tais deliberações, que incluem a constituição da associação, «levarão o Conselho de Administração a ter de extrair as naturais consequências».
Notícia relacionada: Manifestação inédita lembra que habitação é um direito
[O LxRepórter tem em preparação um conjunto de notícias sobre este caso.]
2 comments:
Oh Miguel, também daqui até Agosto de 20007 há tempo para procurar alternativas! ;P
Surrealista, de facto. Ainda não estou refeita desta história da quantidade de novos pés-de-aquiles que ter um filho traz.
I eenjoyed reading this
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